Durante anos, considerou-se que transferência de embriões no dia 3 era a opção mais viável ao realizar uma transferência de embriões. A razão, que o embrião passou menos tempo fora do útero.
No entanto, novas técnicas de cultura de embriões mostraram que transferência de embriões no dia 5 ou no blastocisto são obtidas melhores taxas de sucesso.
Transferência de blastocisto, mais chance de gravidez
A decisão de transferir embriões no 3º dia de desenvolvimento ou no blastocisto depende dos diferentes especialistas envolvidos no processo, tanto ginecologistas quanto embriologistas. Além disso, vários critérios são levados em consideração: idade, resposta ovariana, qualidade do embrião, etc.
Atualmente, a tendência é a transferência no blastocisto, pois permite selecionar os embriões com maior potencial de implantação.
Diferenças entre embrião no dia 3 e blastocisto
Um embrião no dia 3 de desenvolvimento deve conter mais de seis células. Nesta fase, todas as células são consideradas iguais, sem diferenciação.
Um embrião no dia 5 de desenvolvimento (blastocisto) deve consistir entre 60 e 130 células. Nesta fase, além de outras estruturas, dois tipos principais de células podem ser diferenciados:
- O trofectoderma é a estrutura que dará origem à placenta.
- A massa celular interna é um grupo de células compactas que darão origem ao feto.
Vantagens de transferir embriões no dia 5
As principais vantagens da transferência de embriões no dia 5 são:
- Os embriões que atingem esse estágio de desenvolvimento têm maior potencial de implantação.
- No dia 5 de desenvolvimento há uma maior correlação entre a morfologia do embrião e a qualidade do embrião.
- Essa maior correlação nos permite selecionar o embrião com maior potencial de implantação e transferir um único embrião, reduzindo assim o risco de gravidez múltipla.
- A transferência nesta fase permite uma maior sincronização com o endométrio, onde os embriões são implantados a partir do 5º dia de desenvolvimento.
O principal inconveniente que enfrentamos com a transferência no dia 5 é o possível cancelamento do ciclo por falta de embriões. E é que os embriões podem não atingir o estágio de blastocisto, especialmente naqueles ciclos com poucos embriões.
Classificação de blastocisto
Para a classificação dos blastocistos, são levados em consideração o grau de expansão e a morfologia tanto da massa celular interna quanto do trofectoderma. A escolha do blastocisto a ser transferido é feita com base em critérios morfológicos, selecionando aquele de maior qualidade.
Dependendo do grau de expansão, os blastocistos são classificados de 1 a 6:
- Tipo 1: Um blastocisto precoce ou pouco expandido.
- Tipo 6: Um blastocisto totalmente expandido e eclodido, fora da zona pelúcida ao redor do embrião.
Além disso, os blastocistos são geralmente classificados com uma letra de A a D da seguinte forma:
- Blastocistos de ótima qualidade, com alta capacidade de implantação.
- Blastocistos de boa qualidade, com alta capacidade de implantação.
- Blastocistos de qualidade regular, com capacidade de implantação média.
- Blastocistos de má qualidade, com baixa probabilidade de dar origem à gravidez.
Esta última classificação é baseada na morfologia da massa celular interna e do trofectoderma.
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