O que é inseminação artificial?
A Inseminação Artificial consiste na introdução de esperma de cônjuge ou de dador, previamente selecionado e tratado em laboratório, no útero materno num momento próximo à ovulação.
Pode ser feito no ciclo natural ou após um processo de estimulação ovárica.
![Tratamiento de inseminación artificial](https://ginemed.pt/wp-content/uploads/2020/08/2_1_1_Tratamientos_IA-445x334.png)
Tipos de Inseminação Artificial (IA).
Inseminação artificial
com esperma de cônjuge
Inseminação artificial
com esperma de dador
Processo para a IA
Primeira consulta
Avaliamos sempre o histórico clínico das pacientes: idade, tempo de infertilidade, história pessoal e familiar, bem como o histórico ginecológico/urológico. Serão também solicitados outros exames para a realização de um estudo básico de fertilidade: avaliação da reserva ovárica, espermograma, confirmação da permeabilidade tubária, teste de compatibilidade genética e estudo cromossómico (se justificados).
Estimulação ovárica
Com a estimulação ovárica favorecemos o desenvolvimento de um ou mais folículos, dentro dos quais estão os óvulos. O processo, que dura aproximadamente 10 a 12 dias, é monitorizado por ecografia (geralmente 2 a 3). Uma vez obtida a dimensão desejada, uma hormona chamada HCG é administrada para desencadear a ovulação. Programa-se então o momento mais adequado para a inseminação.
Preparação do sémen
Se for uma Inseminação Artificial conjugal, no mesmo dia o esperma é recolhido e preparado em laboratório para selecionar as células de melhor qualidade. No caso da Inseminação Artificial com sémen de dador, nesse mesmo dia iremos descongelar a amostra para realizar a inseminação.
Inseminação Artificial
A inseminação é realizada com um cateter fino e flexível. É um processo fácil e não doloroso. Não é necessário repouso após a inseminação, nem imediatamente, nem a curto ou médio prazo. Normalmente, após a inseminação, indicamos um tratamento com progesterona para promover a gravidez. Também aconselhamos tomar ácido fólico.
Teste de gravidez
14 dias após a inseminação, um exame de sangue denominado β-HCG é feito para determinar a gravidez. Nunca interrompa a medicação sem indicação do seu médico, independentemente do resultado.
Entre 2 e 3 semanas após a análise B-HCG, é realizada a primeira ecografia para ver o tipo de gravidez (única ou múltipla) e a presença de batimentos cardíacos.
Taxas de sucesso
As taxas de gravidez no tratamento de Inseminação Artificial dependem em grande parte da idade da mulher, da qualidade do sémen e das causas que determinaram a indicação deste tratamento. Em todo o caso, nunca ultrapassam os resultados que a natureza oferece nas relações desprotegidas num casal fértil e que costumam oscilar em torno de 20% de probabilidade de gestações por mês.
As probabilidades de aborto, uma vez alcançada a gravidez, são as mesmas de uma gestação sem tratamento. Não há maior percentagem de malformações ou alterações genéticas recorrendo a esta técnica de reprodução.
Taxa de gravidez por ecografia
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Perguntas frequentes sobre IA
Recomenda-se a Inseminação Artificial quando encontramos:
- Relações sexuais incompletas. Casos de ejaculação precoce, vaginismo, ejaculação retrógrada ou impotência.
- Alterações seminais leves. Nos casos de Oligoastenozoospermia não grave, o limite considerado para inseminação é uma contagem de espermatozoides progressivos (REM) maior que 3 milhões, e a ausência de alterações na morfologia dos espermatozoides (Teratozoospermia).
- Alterações na ovulação. Pacientes com síndrome dos ovários poliquísticos ou amenorreia hipotalâmica.
- Infertilidade de origem desconhecida. Só está indicada quando a duração da infertilidade é inferior a 3 anos.
- Necessita de recorrer a um banco de dadores de sémen. Nos casos de azoospermias não passíveis de biopsia testicular ou com biopsias negativas, doenças genéticas do homem não suscetível a PGT, projetos homo e monoparentais.
Uma das dúvidas mais comuns após um tratamento de Inseminação Artificial é se devemos ou não descansar após realização da inseminação. Acredita-se que o repouso após a colocação dos espermatozoides no útero facilita a fecundação e a implantação correta do embrião.
Atualmente, não há nenhum estudo científico que demonstre que o repouso após a Inseminação Artificial favoreça ou aumente a probabilidade de engravidar. Portanto, este cuidado não é necessário. O ginecologista recomendará apenas nos casos em que houver um problema específico.
Uma vez em casa, deve levar uma vida normal, evitando esforços físicos violentos ou desportos competitivos. Pode ir trabalhar e não é necessário solicitar baixa médica. É aconselhável fazer exercícios meia hora por dia (por exemplo, caminhar) e continuar com o dia-a-dia habitual para que a espera até ao resultado do teste de gravidez gere o mínimo de stress e ansiedade possíveis.
Por vezes, pode surgir desconforto no útero durante a inseminação, que desaparece no final do procedimento, geralmente causado pela introdução da cânula, embora isso não seja comum, por ser muito fina e flexível, e ser inserida de forma muito suave pelo colo do útero.
Alguns efeitos secundários, como inchaço da barriga e das pernas, ou desconforto abdominal, são extremamente raros. Em alguns casos, a mulher pode sentir-se cansada ou dorida, mas o repouso não está associado a um aumento da probabilidade de engravidar.
Sangramento após a inseminação ou transferência é um dos sintomas que mais preocupa as pacientes. No entanto, um pequeno sangramento não significa que a gravidez não ocorreu e não precisa de ser considerada uma menstruação.
Por vezes, o sangramento é produzido pelo processo de implantação do embrião, danificando um pequeno capilar no endométrio. Outras vezes, é uma pequena região do endométrio que se desprende, anunciando a próxima menstruação.
Perante um pequeno sangramento, só podemos esperar. Não é indicativo, nem se pode fazer nada, apenas esperar um pouco mais até ao teste de gravidez, mantendo a medicação usada até àquele momento.
Não. A laqueação das trompas é feita para impedir a união do óvulo com o espermatozoide, evitando assim a gravidez. É feita através do corte ou coagulando as trompas, para que fiquem bloqueadas e assim se feche a passagem para o útero.
Embora há uns anos se pensasse que a anatomia das trompas poderia ser restaurada com uma nova cirurgia, ficou demonstrado que não é eficaz e, uma vez feita a laqueação, as trompas não recuperam a sua função.
Em pacientes que tenham as trompas laqueadas e que pretendam engravidar, o tratamento indicado é a Fertilização In Vitro.
Sim, a implantação do embrião no endométrio é um processo que exige tolerância imunológica da mãe em relação a um embrião geneticamente diferente dela. Essas alterações imunológicas são favorecidas pela interação das proteínas existentes no fluido seminal.
Por este motivo, é aconselhável ter relações completas em torno da fecundação (após a inseminação) – a menos que haja uma causa contraindicada – pois aumenta o índice de gravidez evolutiva.
A reprodução assistida permite que seja mãe sem ter um parceiro. O tratamento para engravidar dependerá do seu caso específico. Para isso, teremos de realizar alguns exames e conhecer, entre outros fatores, a sua reserva ovárica. Além disso, a idade desempenha um papel fundamental nesse processo, sendo que, com o avançar da idade, as possibilidades de engravidar, de forma natural ou artificial, diminuem.
Se tem menos de 38 anos e a sua reserva ovárica é boa, a Inseminação Artificial é uma possibilidade.