O artigo teve a participação de mais de 200 pacientes e foi publicado em uma das principais revistas científicas de medicina reprodutiva "Fertility & Sterility".
A técnica SCD é utilizada na prática clínica (Halosperm ®) para medir a fragmentação do DNA espermático, que é um marcador de dano da cromatina, material de que são feitos os cromossomos.
Esse dano ocorre durante o processo de formação do espermatozoide, seu trânsito pelas vias seminais -principalmente no epidídimo- e, às vezes, pósejaculação devido ao manuseio inadequado das amostras em laboratório. Outros tipos de fatores como varicocele, estilo de vida, exposição a toxinas, idade, infecções, etc. pode condicionar a qualidade do ejaculado em termos de qualidade do DNA.
Nesse sentido, a presença de altos níveis de fragmentação do DNA espermático pode causar efeitos adversos na fertilidade natural, desenvolvimento embrionário e implantação, além de aumentar o risco de aborto espontâneo e a saúde da prole.
A pesquisa, que no Ginemed é liderada por Mercedes González, chefe da Área de Andrologia do grupo, é a primeira a examinar a confiabilidade da técnica SCD para avaliar a fragmentação do DNA espermático em homens com infertilidade.
O estudo contou com a participação de 219 pacientes, dos quais 2 ejaculados de cada um deles foram analisados em um intervalo de 3 meses. De acordo com os valores de fragmentação do DNA espermático, eles foram lassificados da seguinte forma:
- Normal: ≤ 20%
- Intermediário: 21-29%
- Alto: ≥ 30%
No caso de sujeitos com valores normais ou altos, o grau de concordância entre as duas amostras foi de 80% (3 em 4), enquanto naqueles com valores intermediários foi de 60% (4 em 10).
Por outro lado, o número de pacientes que passou de intermediário para normal no segundo teste foi semelhante ao dos que passaram de intermediário para alto. No entanto, em nenhum caso no segundo teste foram ltrapassados 2 níveis, ou seja, nem de normal para alto nem vice-versa.
Pacientes com valores intermediários e altos de fragmentação do DNA espermático refletem um fator paterno que contribui para a infertilidade, embora com magnitude diferente, portanto, na maioria dos casos, é possível que a repetição do teste não implique uma mudança no manejo clínico da paciente.
No entanto, a repetição do teste pode ser indicada em pacientes com valores intermediários, que provavelmente melhorarão com terapias apropriadas, como intervenção de varicocele, tratamento hormonal ou uso de espermatozoides testiculares.
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